Também conhecida como Versão Brasileira, Versão Fiel ou Bíblia "Tira-Teima", a Tradução Brasileira foi publicada em 1917, como parte de um pioneiro projeto de tradução bíblica que levou 11 anos para ser concluído (1903 a 1914). Trata-se da primeira tradução totalmente realizada em solo brasileiro, e feita pela primeira vez com o português do Brasil.
Para o inédito trabalho, criou-se à época uma comissão de tradução liderada por Hugh Clarence Tucker, missionário metodista norte-americano, que contou ainda com líderes religiosos do Brasil e Estados Unidos. Alguns notáveis da literatura nacional, entre os quais Rui Barbosa, José Veríssimo e Heráclito Graça, atuaram como consultores linguísticos.
Até a década de 1950, a Tradução Brasileira era amplamente usada por muitas igrejas cristãs, em um contexto em que não havia abundância de edições da Bíblia. Depois, a Tradução Brasileira foi levada em conta na atualização do texto de Almeida no Brasil, que resultou na Almeida Revista e Atualizada (RA).
Mas, como forma de resgatar um monumento da história da tradução bíblica nacional, a Tradução Brasileira ganhou nova versão em 2011. A segunda edição trouxe algumas alterações e atualizações em relação ao texto bíblico de 1917, embora ainda mantenha as características de linguagem da época.
As principais mudanças ocorridas foram a atualização gramatical e ortográfica, de acordo com as normas atuais da língua portuguesa, bem como a utilização das formas aportuguesadas na grafia dos nomes próprios. Originalmente, na Tradução Brasileira, os nomes haviam sido transliterados, como, por exemplo, Jehoshaphat, Habakkuk, Nebuchadnezzar e Zephanias. Na nova edição, os nomes aparecem grafados como Josafá, Habacuque, Nabucodonosor e Sofonias, respectivamente.
A Tradução Brasileira mantém seu valor na literalidade e continua a ser a aclamada Bíblia "tira-teima".
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
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