terça-feira, 24 de setembro de 2019

A igreja surge “de cima”...


“Às vezes a igreja é vista como um clube religioso ou um conjunto de tais clubes, formados pela adesão voluntária de indivíduos com o mesmo modo de pensar. Na opinião de algumas pessoas, igreja é uma sociedade de pessoas que desejam adquirir a felicidade neste mundo e no vindouro por meio de devoções religiosas e outras boas obras. Isso não passa de uma caricatura de igreja. Ela não é apenas uma sociedade moral ou ética que abrange como membros todos os que estão dispostos a cumprir os deveres a eles impostos. A igreja surge “de cima” e não “de baixo”. Sua criação vem da sua cabeça, Cristo, não por iniciativa de sua membresia. É Cristo quem chama e reúne aqueles que vêm a se tornar membros da sua igreja. Visto que o Pastor chama suas ovelhas pelo nome (João10.3); elas conhecem sua voz (v. 4); fugirão do estranho e não o seguirão (v. 5); Ele as conhece e elas o conhecem (v. 14); fica, portanto, perfeitamente claro que apenas os crentes nele pertencem ao seu rebanho, seu santo rebanho, a igreja.”

GRAFF, Anselmo Ernesto; NERBAS, Paulo Moisés. Movimento Ecumênico e Diálogo Inter-religioso. Ulbra, 2016. Pg. 8.

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Teologia da Cruz...


"Vivendo sob a cruz, não há explicação para as diferentes situações na vida ( morte, dor, sofrimento, violência). Querer explicar tudo, querer saber tudo como se conhecêssemos os desígnios de Deus, faz com que, no fundo fabriquemos um Deus limitado às nossas compreensões e explicações. Sob a cruz, vive-se de não entender tudo, vive-se do mistério, da angústia e da incerteza. Sob a cruz, tem-se a coragem de viver sem ter explicação pessoal e coletiva. Nesse viver, por meio da fé, há uma grande certeza: a angústia, a dor, o sofrimento, e a morte não têm a última palavra. A última palavra é a da paz de Cristo: “Eu digo isso para que, por estarem unidos comigo, vocês tenham paz. No mundo vocês vão sofrer, mas tenham coragem. Eu venci o mundo”. Ela não responde às perguntas a respeito do sofrimento, mas habilita para vivermos com elas, pois ela é maior que todo e qualquer entendimento humano. Ela é capaz de trazer refrigério também lá onde não encontramos nenhum sentido, lá onde tudo é absurdo."

Arno Scheunemann | Professor luterano
Fonte: HEIMANN, Leopoldo (Org.). Lutero o pastor. Canoas: Ed. ULBRA, 2006.

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Comunidades Luteranas...

Comunidade Evangélica Luterana Cristo de Santa Coleta - Pelotas-RS (IELB)

Comunidade Evangélica Luterana Independente do Remanso - Canguçu-RS (IELI)

Comunidade Evangélica de Picada das Antas - Igreja Gustavo Adolfo,   
São Lourenço do Sul-RS (IECLB)

Comunidade Evangélica de Pinheiros, São Lourenço do Sul-RS (IECLB)

Comunidade Evangélica Luterana Cristão Livre, Camaquã-RS (Comunidade Livre)

Comunidade Evangélica Luterana Independente "Guia-nos Jesus"  
 São Lourenço do Sul -RS (IELI)

Comunidade Evangélica de Boa Vista, São Lourenço do Sul-RS (IECLB)

Comunidade Evangélica Luterana São Miguel - Dois Irmãos-RS (IELB)

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Igreja Luterana União de Camaquã-RS....

   A Igreja Evangélica Luterana União, iniciou com o Professor Pastor Roberto Weege, com cultos na casa do Pastor na cidade de Camaquã. O número de participantes foi crescendo a cada encontro, até que no dia 02 de março de 1969, ser fundada como Sociedade Cível Religiosa, A Igreja Evangélica Luterana União. Ao todo formam o total de 22 fundadores que participaram desde o início deste trabalho.Destes fundadores, estão entre nós o Sr Werno Konflanz; Sr Waldo Weege; Sr Albino Mallman (95 anos) e Sr Antônio Weege.
Diretoria da fundação: Presidente Sr Siegfried Bierhals; Secretário Sr Werno Konflanz; Tesoureiro Sr Antônio Bergmann.

Pastor Weege celebrando casamento
Alguns anos depois, foi adquirido um terreno no Bairro Dona Tereza, Rua Assis Brasil, onde foi construído um chalé de tábua para a realização dos cultos, das aulas e das demais atividades. E no ano de 1976, com o apoio, incentivo e ajuda de toda a comunidade da Igreja, foi desmanchado o chalé de tábua e deu-se início a construção de um novo Templo, prédio de Alvenaria, que continua sendo usado para os cultos e demais atividades da Igreja.
 O Pastor Roberto Weege residia com a sua família nos fundos da Igreja, onde hoje foi construído o salão da Igreja. Atuou mais de 20 anos como Professor e Pastor. Faleceu no dia 19 de fevereiro de 1990 em decorrência de Enfermidade.
 A Igreja Evangélica Luterana União, é uma comunidade Luterana Livre e sua confissão está baseada nas Doutrinas da Sagrada Escritura e nas confissões Luteranas.
 Hoje participam ativamente das atividades da Igreja, em torno de 600 famílias. A Igreja oferece: Cultos, Estudos Bíblicos, Grupo de Canto, Grupo de Jovens, Escolinha Dominical para as pequenas crianças, Programação Natalina, aulas de Ensino Religioso, entre outras.
Contamos com 3 Pastores que atuam na Igreja junto com a comunidade: Pastor Nelson Devantier, Pastor Vorni Konflanz e Pastor Douglas Ebel Klug.
Hoje a Igreja está sob a direção do Presidente Wurmin Weege, Secretário Sr Adão Konflanz e Tesoureiro Sr Rodolfo Peter.
(Pesquisa e Texto: Pastor Douglas)

Fotos e Texto: Página do Facebook 

CARL WILHELM G. MAHLER ...

   CARL WILHELM G. MAHLER nasceu em 16 de novembro de 1870 em Polkwitz, Silésia (Alemanha). Iniciou seus estudos teológicos em Kraschnitz, Silésia e em Kropp, Schleswig, entre 1885 e 1890. Emigrou para os EUA, onde formou-se em teologia pelo Concordia Seminary de Saint Louis em 1893. Em 1894 casou-se com Louise Cattenhusen. Trabalhou em Nebraska, EUA até o final do ano de 1900, quando recebeu e aceitou chamado para ser Diretor de Missões para a América do Sul. Com trinta anos de idade, junto com a sua esposa e quatro filhos, partiu de Nova Iorque em 20 de fevereiro de 1901, chegando ao Rio Grande do Sul quatro semanas mais tarde. 
   Foi instalado solenemente como primeiro pastor chamado e residente na primeira congregação do Sínodo de Missouri na América do Sul em 31 de março de 1901 na colônia São Pedro, hoje Morro Redondo-RS. Instalação oficiada pelo seu colega pastor Broders. “Broders colocara a semente; cabia agora a Mahler fazer crescer a planta.” Mahler iniciou o trabalho fortalecendo doutrinariamente as famílias da congregação, buscando ao mesmo tendo expandir o trabalho com a fundação de novas congregações. Deu especial atenção ao ensino confirmatório, introduzindo o catecismo Menor de Lutero. Deu forte ênfase ao estudo da Sagrada Escritura. Fez severas críticas ao ensino confirmatório dos “pseudo-pastores”. Tinha grande esperança de conquistar as “comunidades livres” o que acabou não acontecendo. Mahler realizou viagens pelo RGS com o objetivo de buscar congregações carentes de atendimento pastoral. 
   Em uma destas viagens conheceu o pastor Brutschin em NH. Mahler deixou o pastor Reinhold Mueller cuidando da congregação de São Pedro e partiu para iniciar o trabalho missionário em Porto Alegre, chegando em 29 de setembro de 1902. Alugou um local no bairro Navegantes e iniciou uma escola, inicialmente com nove alunos. Neste local realizou cultos e posteriormente foi fundada uma congregação sendo pastores Mahler e Henry Klein, sendo hoje a Comunidade Cristo de POA. Mahler foi o primeiro missionário do Sínodo de Missouri residente no Brasil, seu primeiro diretor missionário, primeiro presidente da IELB (1904-1910) e primeiro redator do Kirchenblatt, sendo o principal redator do periódico, por longos anos defensor de incontáveis acusações feitas aos missionários missurianos em jornais locais e em jornais evangélicos. Mahler sugeriu que a sede da igreja deveria ser em POA devido as facilidades de comunicação com o restante do país e do mundo. Foi o primeiro diretor do Seminário Concórdia após a sua reabertura em 1907, na capital gaúcha. Permaneceu no Brasil até 1914, quando por motivos de doença na família, se viu obrigado a retornar aos EUA, onde continuou seu pastorado. Faleceu no dia 22 de janeiro de 1966, aos 97 anos. À essa liderança exercida pelo pastor Mahler nos treze anos e meio de sua gestão pastoral no RGS, deve-se a efetiva implantação do luteranismo confessional na América do Sul.

Bibliografia consultada:

Comunidade Evangélica Luterana Cristo (1902-2002): 100 anos. Canoas: Ed. ULBRA, 2002.
REHFELDT, Mário L. Um grão de mostarda: a história da Igreja Evangélica Luterana do Brasil. Volume 1. Porto Alegre: Concórdia, 2003.
STEYER. Walter O. Os Imigrantes Alemães no Rio grande do Sul e o Luteranismo. Porto Alegre: Singulart, 1999.

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Lutero ou Melanchton?

      "Se contemplarmos hoje a história do luteranismo no mundo com a pergunta: Quem venceu: Lutero ou Melanchton? Há uma só resposta: O pensamento errado de Melanchton venceu. Pois, somente um pequeno grupo, hoje (na maioria das vezes) em comunhão com o Sínodo Evg. Luterano de Missouri, a LCMS, mantém a doutrina de Lutero de que “em, com o sob o pão e o vinho recebemos o verdadeiro corpo e sangue de Cristo, dado e derramado por nós. ” Os demais evangélicos e luteranos que não subscrevem o Livro de Concórdia, negam esta realidade e falam em “simbolismo” ou “presença espiritual” de Cristo, etc. Cabe-nos permanecer fiéis às verdades bíblicas expressas de forma clara em nosso Catecismo Menor e nas demais confissões luteranas, reunidas no Livro de Concórdia de 1580." 

Rev. Horst R. Kuchenbecker, São Leopoldo, setembro de2015
Texto completo aqui: https://horstkuchenbecker.blogspot.com/2016/07/xxv-desencontro-de-melanchton-e-lutero.html?fbclid=IwAR2T-K2RK0BovvSxlnbtXLhwWmghpg34aQ3u4Crz2hLXwmpLOrcyppllMEE

quinta-feira, 28 de março de 2019

Um pouco de C.F.W.Walther...


"Um pregador que não prega com simplicidade, não prega Cristo, mas a si mesmo. E quem prega a si mesmo leva as pessoas para a perdição, ainda que elas, ao falar desta pregação, digam: "Ah, mas como foi lindo esse sermão! Este homem é um ótimo orador!" Até mesmo um pregador sincero, verdadeiro e honesto, por vezes, tem pensamentos de vaidade que provêm de sua carne pecadora. Mas no momento em que se dá conta disso, ele joga estes sentimentos para longe e suplica a Deus que o liberte deles. Então sobe no púlpito como homem humilde. As pessoas notam claramente se a sua pregação vem do coração ou não."

Carl F.W.Walther em "A correta distinção entre Lei e Evangelho", Terceira Preleção / 1ª Tese, p.40.