A Escritura ensina que o Espírito Santo e não o mundo, o príncipe ou o imperador deve governar por meio da Palavra de Deus. O mundo deve submeter-se a esse julgamento e castigo, e acatar a sentença. Mas quando o mundo resiste e se torna juiz, colocando-se acima da Palavra de Deus, e nos condena e dá ordens, saibamos que tal juízo é maldito e diabólico. Devemos resistir dizendo: "Estimado príncipe, imperador ou mundo, estou sujeito a sua autoridade no que diz respeito a vida e bens. Na medida em que você tem poder sobre vida e bens, devo e quero obedecer a sua vontade. Agora, quando você quer ir além, intrometendo-se no que compete a Deus, numa área onde você não pode nem deve emitir juízos, mas juntamente comigo e as demais criaturas submeter-se ao juízo da Palavra de Deus, nesse momento não devo e nem quero obedecer; vou fazer justamente o contrário, para ser obediente a Deus e fiel a sua Palavra."
Amados, não fomos batizados em nome de reis, príncipes ou do povo, mas em nome de Cristo e do próprio Deus. Também não somos chamados de reis, príncipes ou povo, mas de cristãos. Ninguém pode nem deve guiar almas, a menos que saiba indicar-lhes o caminho do céu. Homem nenhum pode fazê-lo; só Deus pode. Por isso, nas questões que dizem respeito à salvação, nada deve ser ensinado e aceito além da Palavra de Deus.
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Trecho retirado do Castelo Forte - Devoções diárias 1983; sábado, 13 de agosto.
(Editoras Concórdia e Sinodal, 1983)